Os Ditadorzercos não me Enganam: Sempre Foram Submissos e Medíocres

Os Ditadorzercos não me Enganam: Sempre Foram Submissos e Medíocres

Economistas,
políticos, etc. que defendem a suspensão da democracia, por via da
intervenção do FMI, são de facto muito pouco capazes de ter uma visão
ampla dos problemas e do seu mundo. Olham para tudo com palas nos olhos.
O seu argumento, o melhor de todos, é o de que as pressões dos credores
são um dado, não um problema. Por isso, não há que discutir mais sobre o
assunto, mas aceitar essas pressões, porque não adianta enunciar um
problema que não somos capazes de resolver.
Ainda há quem fale numa geração rasca, referindo-se à juventude formada
pelas nossas escolas. Na verdade, não faz mais essa juventude do que
aprender (muito bem) com estes garbosos comentadores que quotidianamente
intoxicam os nossos meios de comunicação.
Alguns deles parecem-me senis, outros estão claramente num mundo em que é
mais importante as contas que fazem do que a realidade. São platónicos
mal amanhados, cheios de escamas e com cheiro a fora do prazo.
Alegremente saúdam o retorno à época em que os Estados, porque não eram
competentes, se subordinavam aos mercados. A competência agora é assumir
essa subordinação como inevitável, isto é, voltar ao século XIX e aos
princípios do século XX.
Vivemos, com efeito, um momento de crise muito complexa, mas o mais
preocupante é a forma como se dá insistentemente voz a pessoas sem
imaginação, sem criatividade, sem vontade de olhar para a complexidade,
com uma tendência mórbida para a desgraça e para o mais abjecto
conformismo, renomeado de realismo ou, pior, muito pior ainda, de
competência.
Valha-nos o Reitor celeste da Universidade, muito terrestre, em que alguns leccionam.

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